As demonstrações de insanidade dos tais vão desde pregações raivosas e babantes do deus malvado que só pensa em castigar os desobedientes, até humilhações em público durante cultos, como cerceamento do direito de alguém dar um testemunho ou levantar para ler a Palavra, passando por um irmão ou uma irmã ter sua oração bruscamente encerrada por quem está atendendo a cerimônia religiosa. Sem falar nas pregações “dirigidas” (ao invés de guiadas pelo Espírito Santo), a fim de atingir algum desafeto dentro da igreja.
Não bastando tudo isso, há ainda o terror psicológico que se instala nos fiéis, sobretudo nos novos na fé e nos de pouco entendimento, que veem seus líderes religiosos como “ungidos” e “intocáveis”, contra os quais qualquer crítica é severamente punida por Deus. Os que são vítimas dos algozes pensam que devem se submeter às sua maldades como se estivessem se submetendo aos juízos do próprio Deus, enquanto os que tudo assistem creem não poder discordar de nada do que é feito, sob pena de estarem cometendo pecado de “murmuração”.
Muitos destes sacerdotes do medo pensam que Deus aprova o que fazem pelo fato de eles de vez em quando pregarem guiados pelo Espírito Santo e de Deus operar alguma obra através deles. O que eles não sabem é que Deus até se usa deles, mas por misericórdia dos simples e humildes que vão até os templos necessitando de uma Palavra de conforto. Por amor às almas sedentas do Evangelho e por honrar a fé dos pequeninos é que Deus se usa, volta e meia, até mesmo dos lobos para alimentar as suas ovelhas. Porventura Deus não deu de comer a Elias através dos corvos? E uma jumenta não serviu para repreender a Balaão?...
Que Deus guarde a sua Igreja dos maníacos dos púlpitos e levante mais obreiros segundo o Seu coração. Pastores que apascentem as ovelhas de Cristo, e não a si mesmos. Que vão atrás da perdida, que curem a ferida e que não dominem sobre o rebanho de Jesus como se fosse deles. Homens que se considerem os menores dentre o povo de Deus, e não os maiorais. Amém.
