terça-feira, 15 de agosto de 2017

O que a igreja deveria dizer às mulheres espancadas pelos seus maridos?

Quando Jesus disse: “se alguém te bater numa face, ofereça-lhe também a outra” (Lucas 6:29), e “se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas” (Mateus 5:41), Jesus certamente não estava ensinando que as mulheres devem aceitar viver a vida toda sendo espancadas por seus próprios maridos. Isto porque o evangelho não conclama ninguém a casar-se com um inimigo. Deus instituiu o casamento para duas pessoas se unirem em amor ao ponto de viverem como se fossem uma só. Portanto, como pode alguém ser “um” junto com um inimigo que a fere, humilha e a faz infeliz?

Deus não chamou nenhuma mulher para ser escrava de um homem (e vice-versa). Mulher alguma, por ser cristã, tem o dever de se submeter a um jugo desigual com um companheiro desleal. E, quanto mais esse companheiro ostenta uma aparência de santidade, mais culpado ele se torna, visto que além de agressor é hipócrita. A desigualdade de jugos entre os cônjuges se expressa da seguinte maneira: um ama, o outro é indiferente; um quer servir a Deus, o outro ao mundo; um vive para a família, o outro para si mesmo.



O divórcio é biblicamente permitido em duas circunstâncias: infidelidade matrimonial (Mateus 19:9) e quando o cônjuge descrente decide se separar (1 Coríntios 7:15-16). Em relação ao primeiro caso, não se costuma levantar objeções. Entretanto, quando se trata da segunda possibilidade a Igreja vem falhando miseravelmente. Muitas mulheres tem sofrido por décadas com maridos descrentes, infiéis à Palavra de Deus (sobretudo quando estes permanecem entre a irmandade), devido à falta de uma interpretação mais caridosa de 1 Coríntios 7:15-16. Digo isso porque o “decidir separar-se” não precisa ser literal da parte do cônjuge descrente, assim como o descrente também não precisa necessariamente se apresenta como tal.

A escolha pelo divórcio por parte do homem se dá automaticamente através da falta de respeito e de consideração pela esposa e pelos filhos, de agressões físicas e/ou verbais, dos vícios, enfim, por meio de uma série de atitudes que acabam por tornar uma mulher descasada, ainda que vivendo com um determinado homem que é seu marido apenas segundo um pedaço de papel. Além disso, muitos deixam de agir como esposos cristãos, porém não se afastam das congregações, tornando-se assim verdadeiros maridos descrentes dentro das igrejas. E, como não é raro faltar amor e visão espiritual aos líderes religiosos, eles acabam protegendo tais ímpios e submetendo muitas irmãs a um fardo pesado e a um jugo nada suave que o evangelho não as obriga a carregar. Tornam-nas duplamente escravas de homens.

Diante de tudo isso, a mensagem que a Igreja deveria mandar a todas as mulheres agredidas por seus maridos e que tem sido obrigadas a continuar vivendo com eles sob a ameaça de estarem “pecando” é um grande e altissonante “PERDÃO, NÓS ESTIVEMOS ERRADOS ESSE TEMPO TODO! PERDOEM-NOS EM NOME DE JESUS POR TERMOS ATÉ HOJE ATADO ÀS COSTAS DE VOCÊS UM FARDO QUE NEM MESMO COM UM DEDO NÓS GOSTARÍAMOS DE TOCAR”. Deste modo, a Noiva de Cristo limparia esta grande mancha de suas vestes e muitos fariam passar de sobre si o sangue inocente de tantas heroínas da fé...

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