terça-feira, 6 de junho de 2017

A salvação é oferecida a todos ou é apenas um jogo de "cartas marcadas"?

Nenhum ser humano é capaz de se salvar por suas próprias obras, para que não se glorie em si mesmo (Efésios 2:9). Todos haviam pecado e estavam separados da glória de Deus (Romanos 3:23), pelo que Deus enviou Jesus a morrer por todos, pois todos éramos igualmente pecadores. O chamado à salvação se estende a toda gente, pois está escrito: “ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). Deus convida tanto a bons quanto a maus para o seu banquete da salvação (Mateus 22:10). Entretanto, nem todos adquirem o requisito obrigatório para serem salvos (Marcos 16:15), as vestes nupciais para as bodas de Cristo (Mateus 22:11), aquilo sem o qual é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6): a fé.



Alguns alegam que Deus, em sua onisciência, sempre soube quais pessoas seriam salvas e que, deste modo, Jesus não morreu por todos na cruz, mas somente por aqueles “predestinados”. Quanto a isto, pensamos que Deus conhece todas as variáveis da nossa existência, ou seja, apenas Ele sabe o destino final de todas os caminhos que tomarmos (inclusive as decisões que culminariam na nossa salvação ou na nossa perdição), mas nos concedeu o livre-arbítrio, isto é, o direito de fazermos nossas próprias escolhas. Assim sendo, Deus oferece a salvação a todos, e não apenas a um grupo de privilegiados previamente escolhidos, mas cabe a cada um decidir livremente aceitá-la ou não. A salvação não é um jogo de “cartas marcadas”...

O fato de Deus saber todas as coisas (onisciência ) e possuir todo o poder (onipotência) não significa que Ele faça tudo arbitrariamente. Se agisse assim, Deus seria apenas um tirano sem ética ou o “grande marionetador do Universo”, como muitos céticos o chamam. Entretanto, nós cremos num Deus que, apesar de saber e de poder tudo, muitas vezes abre mão do seu poder por amor e respeito aos seus filhos, procurando conduzir a todos, não coercitivamente, à salvação. A soberania de Deus não fere a liberdade humana.